Olhares do Cotidiano

8 de janeiro de 2006

VALE A PENA SORRIR.....


Vale a pena sorrir...
Quase sempre estamos dispostos a nos defender.... do que?
De tudo; vivemos praticamente na defensiva, sentimo-nos agredidos pelo meio em que vivemos...
E nos esquecemos que enquanto nos defendemos da dureza da vida, deixamos de lado, os pequenos "grandes detalhes". Corremos atarefados nessa nossa jornada diária.. atrás do que? Do dinheiro; uns poderiam responder. Mas para que ele serve...
Não hoje o dinheiro não serve... ele é servido!!!
Ele absorve quase todo o nosso tempo e nossas ocupações e preocupações!!!
O dinheiro tornou-se o nosso escudo, o nosso berço afetivo. Com ele no bolso nos sentimos afagados na alma... dispostos as mais numerosas aventuras do espírito. Observei que ele têm realmente o poder de transformar as pessoas, mas em quê?
Me diga aquilo que tu adoras e eu te direi quem tu és....
Ora, se meus laços afetivos dependem do quanto tenho. O que posso esperar daquilo que realmente sou!!! Todas as potencialidades humanas estão reduzidas as questões do ter e não do Ser.
Somos freqüentemente questionados pelo que temos e não pelo que somos, não importa mais, pelo menos para uma grande maioria àquilo que poderíamos ser e sim aquilo que poderíamos ter. É fato que que os ´valores econômicos` transbordaram de sua esfera, de seu campo de ação e contaminaram as relações humanas naquilo que havia de essencial.
As relações mais básicas hoje são pautadas pela esfera do ter. Mas deveria ser assim?
Existe algo que possamos fazer para alterar o curso disso?
Se refletirmos um pouco veremos, que não é tão difícil quanto se supõe alterar o comportamento humano. Ninguém nasce honesto, torna-se honesto; ninguém nasce, enfim, virtuso. As virtudes, assim como, os vícios demandam tempo e dedicação.
Tem um antigo ditado que diz "o ser humano que não dedica pelo menos uma hora todo o dia consigo mesmo, não pode ser chamado de ser humano". É o que chamo de síndrome do domingo, quando as pessoas entram em contato um pouco consigo mesmas e....... sentem tédio!!! Simplesmente porque não cativaram ou não mantém contato com sua própria identidade. Desvelar a própria identidade, cultivá-la e lapidá-la, deveria ser o âmago da questão.
Essa fotinho aí de cima, foi tirada numa aldeia, no Amazonas, pouco se precisa dizer dos curumins da foto, ela fala quase tudo.... Lá não tem televisão, internet, carro....
Entretanto, quem experimentou isso pode afirmar com segurança, que a felicidade, não depende das "coisas". A felicidade é resultado da relação de nossa identidade com o mundo, com os seres, com o cosmos. A amorosidade cultiva-se e cativa-se, ela é uma força vigorosa que transpõe barreiras intelectuais, socias e econômicas, é a porta de abertura para a verdadeira experiência do outro, dos sentimentos e relações.
Continuo achando que vale a pena Sorrir, ainda que pareça difícil.
Como diz o poeta "Amar é mudar a alma de casa" Mario Quintana.
Paz e Felicidade a todos
Neste Blog, TODOS podem comentar sem serem membros!!!!!!!!

4 Comments:

At dom. jan. 08, 02:57:00 PM AMT, Anonymous Anônimo said...

Adorei esse blog....e estarei sempre aki para poder ajudar....
As pessoas precisam se conscientizar...de como o nosso mundo eh belo.....e tbm que estamos acabando com ele.....
Um abraco ao meu amigo, criador do blog!!!!
beijos...........
Dani....

 
At dom. jan. 08, 06:46:00 PM AMT, Anonymous Anônimo said...

Olá, profe.
Que bom mais esse espaço.
E lendo teu texto, é impossível não refletir àcerca do que escreveste.
E essa corrida atrás do dinheiro não diz a que acontece. Excetuando-se a sobrevivência (na falta de algo melhor para citar) que se faz com ele?
Ano passado, um homem vendia folhetos ou folders em frente à FACEL. Ele se dizia um filósofo. Alguns de nós passamos de largo. Meu marido comprou um dos folhetos dele e eu ainda guardo as interessantes reflexões de forma poética.
Tempos atrás, na rua XV, um outro homem vendia as reflexões de sua autoria. Minha filha estava comigo e portava a bolsa da facel, onde se lia filosfia-licenciatura. Ele se postou em nossa frente apresentou-se como um filósofo de Londrina e disse que nós mais que outros deveríamos adquirir aquelas poesias, pois haveríamos de entender os pensamentos ali contidos. É certo que não memorizei tudo que tinha lá, porém uma frase chamou-me a atenção pelo impacto e abrangência do escrito: "Tem gente que é tão pobre, mas tão pobre, que só lhes resta o dinheiro".
E essa pobreza percebi num caderno de minha filha caçula, onde vários pensamentos estavam registrados: "...Quando não se tem dinheiro, pensa-se sempre nele. Quando se tem se pensa somente nele. (Jean Paul Getty) "
"...Chega de homenagens. Eu quero o dinheiro. (Adoniran Barbosa) "
"... Dinheiro é como o adubo: só serve quando espalhado".
"...O povo gosta de luxo; quem gosta de miséria é intelectual. (Joãozinho Trinta) "
Perguntei qual o sentido daquilo e ela respondeu-me que havia visto essas frases num programa televisivo e achou interessante, até cômico e por isso registrou.
Bah! É isso que está sendo transmitido aos nossos jovens: o amor ao dinheiro e tudo o mais que ele pode trazer. Depois de muita conversa, alguma admoestação, entrei com outras frases e pedi à ela que colocasse junto àquelas que tinha no caderno e eis algumas:
"As esplêndidas fortunas - como os ventos impetuosos - provocam grandes naufrágios. (Plutarco"
"Dinheiro é como água do mar: quanto mais você toma, maior é sua sede. O mesmo se aplica à fama. (Schopenhauer) "
"Quando se trata de dinheiro, todos têm a mesma religião. (Voltaire) "
O complicado é estimular as pessoas a olharem ao redor de si e perceber a minúcia da vida, alegria que os curumins traduzem através do riso límpido e singelo.
E estou lendo um artigo de Eduardo O. C. Chaves, cujo tema é: "Em defesa do Liberalismo" e num momento do texto ele diz que o liberalismo defende quatro direitos e o quarto diz assim: "O direito à busca da felicidade, isto é, o direito de não ser impedido por terceiros de fazer o que queira fazer na busca do que me interessa, satisfaz e faz feliz e, naturalmente, de não ser obrigado por terceiros a fazer o que não queira".
A felicidade também é comentada em outro texto do professor Chaves, quando ele diz que ela é o estado criado pela satisfação de nossos desejos: ficamos felizes quando nossos desejos são realizados e infelizes quando não o são .
Na verdade esse estado chamado felicidade é algosimples e complicado; se eu for asceta posso sentir-me infeliz? Uma vez que o asceta possa deixar de desejar bens materiais, ele certamente deseja bens imateriais, como paz de espírito, santidade, etc.. É difícil imaginar que alguém consiga se livrar de todo e qualquer desejo, e que seja, portanto, absolutamente feliz pela ausência total de desejos.
Infelizmente, conhecemos pessoas que parecem ter tudo, todavia, como podem ser infelizes? e elas são, pois um só desejo insatisfeito pode ser causa de grande miséria (desde que seja considerado importante).
A infelicidade, então é resultante do que escreveste como a potencialidade humana reduzida as questões do ter e não do SER.
Eu prefiro ficar concordar com tua fala: amorosidade cultiva-se e cativa-se, ela é uma força vigorosa que transpõe barreiras intelectuais, socias e econômicas, é a porta de abertura para a verdadeira experiência do outro, dos sentimentos e relações.

 
At dom. jan. 08, 07:36:00 PM AMT, Anonymous Anônimo said...

Concordo com tudo
o que vc escreveu, temos que aproveitar mais a vida ao invés de ficarmos apenas na defesa se preucupando com o que pode acontecer daqui a pouco
...se tiver que acontecer Deus já tem
tudo traçado e n tem como mudar isso...
eu apoio a sua campanha...precisando pode contar cmg...fwls e um abraço

 
At ter. jan. 31, 09:32:00 PM AMT, Anonymous Anônimo said...

É MUITO BOM SABERMOS QUE AINDA EXISTEM COISAS IMPORTANTES, BELAS PRA SEREM VISTAS, COMO ESTE SITE...MARAVILHOSO.POLÍTICA,POEMA,
FILOSOFIA...AMOR,PAZ,SAÚDE,ALEGRIA

 

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