Olhares do Cotidiano

12 de fevereiro de 2006

Alienação tem Nome e Sobrenome

O que adianta estudarmos tanto, criarmos tanta tecnologia, avançarmos na área da saúde, nos preocuparmos com a distribuição de renda? De todos os benefícios que a modernidade nos trouxe... o único que realmente é eficiente é esse!!! E com certeza não é a toa, não é algo impensado, que ocorreu por acaso.

Veja não se trata de demonizar ou satanizar, não é isso. O que entristece mesmo, é que é o único!!! E por ser o único tem um agravante, ele estupra as consciências, deturpa as culturas regionais impondo um modelo cultural tão distante, tão impossível, que é até rídiculo se não fosse trágico. É realmente funesto presenciar uma esperança que nunca será realizada, justamente porque ela é inconsistente. Desestimula antes mesmo de começar qualquer tentativa de mudança da própria realidade, forma uma barreira intransponível tanto linguisticamente quanto econômica e socialmente. Como explicar que tal realidade é inacessível, que além de inacessível ela é prejudicial...

Como um martelo, sem parar, vai arrebentando...

Gostaria que os defensores do modelo viessem aqui e explicassem para eles o que é ficção e o que é realidade. Explicasse que alimentação, saúde, lazer, direitos humanos, constituição, e todas as benesses da modernidade não são ficções de um Brasil que insiste em exclui-los !!! Porque tudo isso está tão distante, tão abandonado, que me envergonho!!!

Enquanto o Brasil fechar os olhos, os muitos brasis serão relegados ao esquecimento. Os depositários da ilusão continuarão semeando e colhendo os frutos disso. Se reclama tanto na qualidade do voto do eleitor... isto é risível!!! Qualidade do voto como? como? como? É aqui como em tantos outros lugares que são semeados os prefeitos coronéis, os deputados federais que vão "representar" os interesses da nação. Plim Plim para todos!!!

Tem muitas paisagens belas aqui no Blog, não é? Plim Plim, vocês vão assitir elas acabarem!!!

3 Comments:

At ter. fev. 14, 01:47:00 PM AMT, Anonymous Anônimo said...

È assustador o quanto nossos adolescentes estão se distraindo do mundo!!!
Quando em sala de aula, pergunto a adolescentes de 15, 16 anos se eles viram as notícias do jornal eles embasbacados respondem que não. Mas não é um simples NÂO de quem realmente não assiste televisão, mas é um não de ignorância (no sentido etimológico da palavra - aquele que ignora alguma coisa) de pessoas que, parecendo bonecos sem sentimentos, olham o aparelho de TV mas não tem noção do que realmente acontece no mundo.
Eles assistem as noticias, mas não as assimilam e não conseguem construir uma analise simplista delas.
Quando pergunto, por exemplo, sobre os acontecimentos que aparecem nos telejornais como as revoltas mulçumanas na Europa pelas sátiras feitas a Maomé, eles ate conseguem observar que isso existe, porém, infelizmente não tem a menos noção de porque tanto vandalismo e falta de respeito humano de ambas as partes envolvidas.
Sei lá, talvez eu tbm não entenda e nunca vá entender porque de tanta guerra, humilhações, desrespeito pela vida humana e tantas outras coisas insensatas que existem no mundo, mas pelo menos eu me esforço para tornar nosso mundo melhor, nem que seja gastando saliva para colocar um pouquinho de consciência critica na cabeça deles.

 
At sáb. fev. 25, 06:31:00 PM AMT, Anonymous Anônimo said...

Infelizmente fazemos parte de uma sociedade composta por mais ou menos 20 milhões de analfabetos adultos. E fico a pensar em quantas crianças estão fora da escola. Li há poucos instantes que 27% de nossos jovens estão sem trabalhar e estudar. A televisão é a principal formadora de opinião em todos os segmentos da vida humana. Triste perceber o quanto ela faz “vista grossa” com a democracia da informação, à exemplo da notícia que profe postou “Juramento de Hipócrates”. Como conseguir a democracia política?
Que se espera da Tv brasileira? Penso que somente a consolidação de seus próprios interesses: campanhas como de eleição presidencial, contra o desarmamento....
Como poderemos reagir e não sentir a canga?
Como não alertar os outros acerca desse lixo que acompanhamos diariamente? Infelizmente programas inúteis tem grande audiência e em oposição, temos as redes que oferecem programação de qualidade que não chegam ao alcance da população, que tristemente, muitas vezes, por falta de vocabulário, nem consegue acompanhar as discussões ali apresentadas. A tv Educativa/Pr vem apresentando documentários acerca do índio guarani, Sepé Tiaraju .Excelentes entrevistas estão veiculadas sob o comando de Beto Almeida (Papo Capital/TvE Pr-Telesur).
E um dos entrevistados o religioso irmão Cecchi comentava que um deputado gaúcho recebeu escritos dele (de cecchi) e ligou dizendo não conhecer o Sepé.
E Sepé é um herói gaúcho! “Sepé morreu em defesa da terra e do povo. Morreu combatendo contra Portugal e Espanha. Tombou para não sair de sua terra, para não deixar o Brasil.
Pena que de Sepé Tiaraju só se conheça o seu grito: “Essa terra tem dono”. E sobre ele as referências são interessantes, excetuando-se as que o transformam em apenas um mito em detrimento do personagem histórico que tanto lutou.
E a televisão pouco mostrou.
Eis uma boa informação:

Um índio que o povo canonizou

Marcelo Barros *

Adital - Ocorre nesta semana, especialmente nesta 3ª feira, 07 de fevereiro, um importante aniversário: os 250 anos do martírio de Sepé Tiaraju, um cacique guarani que, no século XVIII, liderou o povo indígena na defesa das suas terras ancestrais e na luta de resistência contra Portugal e Espanha. Nestes dias, constatei que, fora do Rio Grande do Sul, poucas pessoas conhecem a saga deste índio que deu a sua vida pelo povo. Mesmo intelectuais e professores de História me confessaram nunca ter ouvido falar de Sepé Tiaraju. Até hoje, ainda aprendemos a história do nosso país, contada a partir do ponto de vista de quem venceu. Na realidade atual do Brasil, lavradores sem-terra, grupos indígenas e movimentos populares celebram a memória de Sepé Tiaraju e querem que sua figura e mensagem se tornem conhecidas no Brasil. Sentem a necessidade de retomar, hoje, a mesma mística pela qual Sepé Tiaraju deu a vida e que, hoje, mobiliza toda a América Latina, a partir do conceito largo de "revolução bolivariana", um processo de transformação não violento e baseado na educação popular.
O contexto no qual São Sepé foi outro e ele teve de tomar armas para defender o seu povo indígena. Em seu idioma original, o termo Guarani significa guerreiro. De 1610 até 1750, os padres jesuítas reuniram esses guerreiros, homens e mulheres para formar comunidades indígenas pacíficas e prósperas. Os Guarani endereçaram suas energias para construir casas, consolidar técnicas de agricultura avançadas para a época. Chegaram ao ponto de imprimir livros, fundir sinos de bronze, fabricar violinos e compor música para tocá-los. A chamada "República dos Guaranis" era formada por Sete Povos no Rio Grande do Sul e mais 26 pueblos, em território que, hoje, pertence à Argentina e ao Paraguai. A Paz resultava do trabalho comunitário e cooperativo, cujos frutos eram divididos entre todos os habitantes. Ao contrário do que ocorria no resto do continente, não existiam fortes desigualdades sociais. Não se permitia a convivência da riqueza com a miséria. Na França da época, Voltaire, intelectual extremamente crítico ao clero, sentiu-se obrigado a reconhecer: "A experiência cristã das Missões Guaranis representa um verdadeiro triunfo da humanidade".

Esta experiência comunitária, com elementos socialistas, provocou o medo aos impérios coloniais. Em 1750, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Madri, pelo qual as duas potências trocavam o território dos Sete Povos das Missões pela Colônia do Sacramento. Os dois impérios se puseram de acordo em expulsar mais de 50 mil índios dos seus aldeamentos, obrigando-os a abandonar suas casas, plantações, igrejas e comunidades. Sepé, o "Facho de Luz", era corregedor da Redução de São Miguel, ou seja, prefeito da cidade, eleito pelos índios. Insurgindo-se contra esse acordo dos grandes para destruir os pobres, Sepé Tiaraju liderou a resistência dos guaranis, repetindo sempre a frase, decantada no Sul do Brasil, em prosa e verso: "Esta terra tem dono".

Esta luta dos guarani foi contada de modo romanceado pelo filme "A Missão". Infelizmente, na realidade histórica, os padres jesuítas foram obrigados por seus superiores religiosos, pressionados pelos governos, a abandonar as aldeias indígenas antes do massacre. E os índios enfrentaram, sozinhos, os dois exércitos imperiais de Portugal e Espanha reunidos.

Ao final da luta, enfrentando tropas portuguesas, Sepé Tiaraju foi aprisionado. Pediu para falar com o comandante inimigo. Este o recebeu depois de mandar amarrá-lo e tirar suas roupas para humilhá-lo. Acolheu-o dizendo:

- Não costumo conversar com selvagens.

Sepé respondeu na língua portuguesa:

- O senhor está invadindo minha terra, matando crianças e mulheres grávidas e eu é que sou selvagem...

O general mandou retirá-lo de sua presença.

À noite, ninguém sabe como, Sepé Tiaraju fugiu da prisão. Mas, poucos dias depois, em um combate em que ele percebeu que muitos índios iriam morrer, ele preferiu colocar-se no ponto mais arriscado da luta e tombou morto. Era o dia 7 de fevereiro de 1756. Poucos meses depois, nada mais existia do sonho missionário de uma sociedade comunitária cristã, mas o povo do Sul do Brasil, por sua própria conta, canonizou o herói guarani e o homenageou com o nome de uma cidade: São Sepé.

Um fato que, nos últimos dez anos, tem marcado o continente latino-americano tem sido o fortalecimento de um movimento indígena continental e a ressurreição de muitos povos e comunidades que eram consideradas extintas. Esta emergência social, cultural e em alguns países como Bolívia e Venezuelana, também política, tem permitido a toda humanidade beneficiar-se com a sabedoria ancestral destes povos originários que muito nos podem ajudar a salvar ao planeta e a nós mesmos.

Nesta terça feira, militantes sociais e cristãos do Brasil inteiro tiveram um encontro marcado em São Gabriel (RS), para atualizar a mensagem de Sepé Tiaraju. Durante toda esta semana, no Rio Grande do Sul, haverá manifestações para recordar esta memória importante. É preciso dizer aos impérios de hoje o que o índio Sepé gritou aos portugueses: "Alto lá! Esta terra tem dono!".

* Monge beneditino e autor de 26 livros. mosteirodegoias@cultura.com.br
.....................................
e mais esse:
http://www.adital.org.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=20972.
...................................
Abraço.

 
At ter. fev. 28, 12:36:00 AM AMT, Anonymous Anônimo said...

http://www.fazendomedia.com/novas/entrevista180106.htm

18.01.2006
GILBERTO FELISBERTO VASCONCELLOS
Jornalista, sociólogo, escritor e colunista da Caros Amigos. Autor, entre outros, de "As Ruínas do Pós-Real"



Centro do Rio de Janeiro, reunião da Executiva Nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT). Tarde de sábado e centenas de militantes se aglomeram no primeiro de uma série de encontros para decidir quem será o candidato do PDT à presidência da República. Cristóvam Buarque e Jefferson Peres falam com desenvoltura, mas é Bautista Vidal quem tem o apoio de Gilberto Felisberto Vasconcellos. Autor de vários livros, atual colunista da Caros Amigos, ex-editorialista da Folha de S. Paulo, na época de Cláudio Abramo, Felisberto se destaca hoje como um dos maiores conhecedores do pensamento nacionalista em Getúlio Vargas, João Goulart, Leonel Brizola e Darcy Ribeiro. Por isso mesmo, não podia deixar a mídia colombina fora de suas análises.

Entrevista concedida a Marcelo Salles.

Gostaria que você explicasse o termo "capital videofinanceiro".
O capital videofinanceiro é a junção do banco com a mídia. Há um entrosamento entre os dois, sendo que no Brasil o vídeo estrutura o capitalismo bancário, no seguinte sentido: a televisão é um órgão, é uma ponta-de-lança do capital financeiro, dos interesses internacionais. Então, nós estamos vivendo num país específico, pois em todo lugar você tem a televisão e o banco. Mas, no Brasil, o peso do vídeo é absolutamente determinante. Por quê? Porque somos uma sociedade ágrafa, ou seja, a população não conhece as Letras, e todo mundo vê televisão. De modo que a televisão é um agente que está na infraestrutura econômica. Não é mais aquela superestrutura ideológica que se pensava antigamente. Não. A televisão é um componente fundamental do processo político. A televisão faz o Estado; a televisão determina o rumo da consciência. A televisão determina a atitude da nossa vida. Isso tudo está estruturado nessa fusão com o banco, com o capital financeiro, sobretudo o internacional, que é quem banca a mídia.

Então o maior financiador da mídia é o capital financeiro internacional?
Claro. Basta fazer a análise da propaganda. É tudo multinacional, que já compraram 30% dos grandes jornais. E [Ruppert] Murdoch e aquele Reverendo Moon já estão de olho na Globo. Quer dizer, se no Brasil foi vendido o solo, o subsolo e o espaço aéreo, você acha que não vão ser vendidos também a televisão e os meios de comunicação de massa? Claro!

"A novela é a escola política do povo brasileiro"

Em pelo menos dois de seus livros você cita a influência das novelas no cenário político. Gostaria que você explicasse o papel das novelas dentro do contexto da manipulação.
Eu acho que a novela é a escola política do povo brasileiro - escola no mau sentido. Embora ela não toque em assuntos políticos explicitamente, ela vai estruturando a cabeça. Ela alcança até o inconsciente das pessoas. Então eu acho que os dois grandes fatores que determinam o comportamento e a escolha das pessoas são a novela e o programa de auditório. É por isso que a direita está sempre de olho nessas duas vertentes, tanto do ponto de vista quantitativo quanto do ponto de vista qualitativo. Uma vez um aluno me contou que não ia votar no Brizola - no interior de Minas, em Ubá - porque ouviu dizer que Brizola, ganhando, iria proibir as novelas. Então, em Ubá, Brizola não teve votos.

O governo atual afirma estar sendo atacado pela mídia, alegando que FHC era mais bem tratado, além de Lula comparar-se a Getúlio.
Isso aí é delírio do Lula. Porque o Lula, na prática, faz tudo contra o trabalhismo. Se o Fernando Henrique foi o coveiro, Lula jogou cal em cima do Getúlio, do Jango e do Brizola. Talvez o parceiro ideal para o imperialismo seja o tucano e o PT seja coadjuvante. Agora, é claro que a mídia não quer também o PT porque há o perigo... Porque o PT não é só a direção do PT. O PT tem uma militância. Eles têm medo disso. Claro que é improvável que surjam lideranças autenticamente petistas, não acredito nisso. Mas pela ótica da dominação, eles vêem isso com constrangimento, daí esses ataques a Lula. Agora, claro que FHC foi muito mais poupado pela mídia. Porque é o canal. É disso que o imperialismo precisa. E a junção do PT e do PSDB é o que eu denomino "petucano". Esse verso e reverso fazem parte da classe dominante brasileira. Qual é a classe dominante brasileira hoje no Brasil? São as multinacionais. PT e PSDB representam essa classe dominante. A ideologia dominante de uma sociedade é a ideologia da classe social dominante. O petucanismo é uma expressão da hegemonia das multinacionais, que pega tudo: pega o Senado, pega a mídia, pega tudo.

Sobre Getúlio, há dentro da Academia uma aversão muito grande a ele. Outro dia um colega disse que na verdade ele não passava de um grande latifundiário, que tinha interesse apenas em estabelecer as leis trabalhistas na cidade, esquecendo o campo. Como você vê isso?
É mentira. O Vargas não foi latifundiário, morreu pobre. Seu pai é que tinha fazenda, mas não é por aí. É que existe uma criminalidade acadêmica, que consiste em vilipendiar, estigmatizar, sabotar a figura do Getúlio na história brasileira. Em toda minha formação, eu nunca ouvi falar no Getúlio, nunca ouvi falar no Jango, nunca ouvi falar no Brizola. Por isso é que a Universidade tem uma hegemonia antitrabalhista.

Mas a Academia não seria teoricamente de esquerda?
Mas é uma esquerda europocêntrica. É um marxismo de Kiev, que vem da neve. Então, sempre que havia uma contradição entre o marxismo e o nacionalismo, o que fez o mundo acadêmico? Optou pelo marxismo, porque o marxismo é europeu, é internacionalista, e Getúlio seria uma coisa tacanha do Rio Grande do Sul. Essa é a visão deturpada que fez com que o Brizola não penetrasse nas Universidades, inclusive pintando o Brizola como um cara bronco e, na verdade, se você pega os artigos de Brizola da década de 1960, você percebe que não há nada na academia que se compare ao Brizola do ponto de vista da profundidade analítica, inclusive do imperialismo. É só você pegar o ISEB [Instituto Superior de Estudos Brasileiros], a USP, os grandes jornais da época e você vai ver que o Brizola possuía uma visão muito mais profunda do imperialismo, sendo governador do Rio Grande do Sul.

Nesse sentido, falando do imperialismo, você acha que a Carta-Testamento de Getúlio continua atual?
Claro, totalmente atual! O Glauber [Rocha] dizia que era o documento mais trágico do Brasil, onde estaria o roteiro do povo brasileiro. Porque o Getúlio tem que descer. Como você sabe, o suicida fica no limbo, é um morto-vivo. Então o Glauber dizia que Getúlio estava rodando nos espaços siderais e um dia ele poderia voltar e assumir a libertação do povo brasileiro! Isso é genial! E é o que pode acontecer com o Bautista Vidal como pré-candidato à presidência da República pelo PDT e colocar o Brasil como sujeito da história, acabando com essa coisa colonial, essa timidez, como se na práxis nós fôssemos um paisinho merreca. Quando na verdade o epicentro da história mundial hoje passa pelo Brasil do século XXI!

Com relação às pesquisas de intenção de voto, por que você tem se manifestado contra, em seus artigos?
Primeiro, porque ela só pode ser encomendada por quem tem dinheiro. Segundo, porque ela tem um viés manipulador. A pesquisa instiga na opinião pública a idéia de que eleição é uma corrida de cavalo, um jogo, onde você deve votar em quem ocupa a primeira posição. Esse jogo começa a partir das campanhas de marketing e desemboca nas pesquisas. Até hoje ninguém me mostrou qual é a utilidade dessas pesquisas. Além do que, a pesquisa está despolitizada. A idéia, a ideologia, a situação política é substituída pela estatística. Então, o Lula tem 30%, Garotinho tem 20%. Fica uma linguagem da percentagem que, aliás, é a linguagem reificada do capitalismo. Em todo programa de televisão só se fala em percentagem.

E quanto à argumentação de que as pesquisas seriam importantes para evitar fraudes?
Isso aí pode tanto ser quanto não ser. Para se evitar a fraude tinha que existir o voto impresso, coisa que não há. O próprio Brizola achava que ele havia sido garfado nas eleições de 1989. O perigo dessa urna é total. Enfim, a pesquisa de intenção de votos e o dinheiro andam juntos. E é uma jogada da direita. O Brizola apontou isso como um componente de manipulação dentro do sistema. Tanto isso é verdade que nenhuma reforma nesse sentido passa.

 

Postar um comentário

<< Home

 View My Public Stats on MyBlogLog.com

Google Groups Participe do grupo Olhares do Cotidiano
E-mail:
Pesquisar o arquivo do grupo groups.google.com.br